Que princípios têm norteado as discussões sobre Inteligência Artificial (IA) em iniciativas do setor privado, academia, governos e organizações ao redor do mundo? Em mapeamento, o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) colige o que a Comissão Europeia, o Departamento de Defesa norte-americano (DoD), Google, Microsoft, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Academia de Inteligência Artificial de Pequim (China) estão debatendo sobre o desenvolvimento dessa tecnologia. O mapeamento integra o NICEIA (NIC de Estudos em Inteligência Artificial), grupo composto por profissionais das diversas áreas do NIC interessados no tema.

A análise foi conduzida por Caroline Burle e Diogo Cortiz, do Ceweb.br, e levou em conta seis dimensões: equidade; confiabilidade e segurança; impacto social; responsabilidade; transparência; privacidade e segurança. As dimensões foram definidas pelos autores, após a análise dos documentos de cada iniciativa.

“Ao fazer esse mapeamento, buscamos unir algumas das principais discussões internacionais sobre IA, que podem servir tanto como consulta sobre o assunto quanto como base para o estabelecimento de políticas sobre o uso dessa tecnologia no Brasil”, ressalta Cortiz. “Observamos que, de maneira geral, todas as iniciativas afirmam que os processos e sistemas que utilizam a Inteligência Artificial precisam ser seguros e transparentes, e que é imprescindível sabermos os impactos e riscos de cada mecanismo”, completa Burle.

Destaque do documento, segundo Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br, é “a convergência da maioria dos diferentes setores pesquisados em afirmar que o uso de IA deve ser centrado no ser humano e promover o desenvolvimento sustentável e bem-estar”.

Acesse o Mapeamento de Princípios de Inteligência Artificial, disponível para download gratuito em português e inglês.